Hei João! “Imprudente ofício é este, de viver em voz alta”, não! Então Braga! Do mesmo modo, imprudência maior — digo eu — é querer dar à palavra a franqueza pedida. Não faz muito tempo, quase ano, alguém me pede: fale dela. Sorridente, indaguei: primeiro o bem ou primeiro o mal? O olhar dele me respondeu! Disse então: ora, ela é uma pessoa meio que chata, ora aborrecida, elitista, enfim uma típica ... (disse coisas próprias de uma natureza, digamos, mais privilegiada: mal que acaba bem). Para fechar fiz a minha piadinha favorita quando se me dizem que uma mulher é chata: “e aí gente, cada qual é cada qual, afinal quem dorme com ela é o marido dela”. Satisfeito, pediu-me: agora fale do bem! Uma pessoa inteligente, batalhadora, ambiciosa, comunicativa, amigável nas horas que pode ser e que, nas circunstâncias havidas não era fácil ser gentil e prestativa em algo que não era do seu ofício. Disse até que me orgulhava de ser amigo de uma uberlandense. Acho... Acho que contaram só a primeira parte para ela. Esqueceram da segunda. Só pode, cara! Ela sumiu!
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