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10/11/2019 às 08h00min - Atualizada em 10/11/2019 às 08h00min

Amor? Não, barca furada!

KELLY BASTOS (DUDI)

Perguntinha básica para as amigas e amigos também: Por que se manter em relacionamentos tóxicos e desgastantes?

Gente, constantemente, recebo muitos desabafos de minhas leitoras, amigas, amigos (sim, amigos também). Entre eles, existem queixas de que estão numa relação “empacada”. Você não sabe o que significa empacada? Traduzo: é algo que não se desenrola, que não tem definição, que não engata, que não sabe se vai ou se fica. Ah, essa tradução é por minha conta, não a busquei no dicionário.

Eu me pergunto: como elas (eles) têm essa paciência e otimismo para esperar algo que está na cara que não tem futuro? Possuem todas as evidências de que estão numa barca furada, mas se recusam a pular dessa embarcação, recusam-se a pisar em terra firme e traçar outro rumo para a própria vida.

Por que se manter em relacionamentos tóxicos e desgastantes? Perdoe-me, se você se identifica com este texto, tenho consciência de que não é um texto fofinho, mas ele é necessário, eu sinto. Sabe, ver tantas mulheres (e homens, lógico) incríveis mergulhadas (os) em relacionamentos desgastantes e tóxicos me corta o coração. É o Ó.

E o pior é que, muitas vezes, por mais que a gente fala, dá um “start”, a pessoa, mesmo que ouça, está “anestesiada”. Eu não estou julgando, ninguém, tampouco faltando com empatia ou criticando  você, aí do outro lado. É só um alerta/desabafo sincero que faço aqui, para que você, que passa por essa situação, de alguma forma, possa “acordar” para essa situação precária, triste, degradante.
O que você ainda está esperando para entender que nenhum relacionamento prospera se apenas um lado se dedica, se apenas um lado ama, se apenas um lado investe, se apenas um lado se compromete? Até quando você vai esperar algo desse relacionamento? Esse homem (ou essa mulher) nem a (o) assume, nunca a (o) assumiu.

Diga-me como é se relacionar com alguém que nunca te inclui em nada, que nunca te prioriza? Você nunca sabe quando vai ver essa pessoa, nunca sabe quando vai receber uma mensagem. Você está tão desnutrida (o) afetivamente que, quando chega uma migalha dele (ou dela) você se sente diante de um banquete. Mas isso está longe de ser o que você merece.

Você já nem sabe o que dizer quando alguém lhe pergunta: “Você está namorando?”. Você não sabe se tem um (uma) ficante, um namorado (uma namorada) ou alguém que tira proveito da sua carência, de vez em quando. Doeu? Então, a realidade dói mesmo. E vai doer muito mais, até abrir ferida, se você se permitir viver essa situação por muito mais tempo. Perdoe-me, se esse texto a (o) deixou mal, mas eu precisei escrevê-lo. Acordem enquanto é tempo!

Beijos! Bom domingo! Boa semana!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.







 

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