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06/11/2019 às 08h46min - Atualizada em 06/11/2019 às 08h46min

'El Camino'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação

Um filme que não era necessário, mas que agrada os fãs de uma das melhores séries de todos os tempos. “El Camino” é uma espécie história extra para os que sempre quiseram saber o que aconteceu com Jesse Pinkman, personagem interpretado por Aaron Paul. E diante dessa simples proposta, o longa da Netflix cumpre o que promete.

A produção começa exatamente de onde parou no episódio final da aclamada série. E por causa disso, um dos pontos negativos é que, apesar da trama ser uma continuação imediata do episódio final que foi ao ar em 29 de setembro de 2013, na vida real se passaram 6 anos. Com isso, o ator Aaron Paul está bem mais gordinho o que fica bem estranho. O mesmo acontece com Jesse Plemons que interpreta Todd.

A partir da fuga de Jesse temos uma narrativa longa e às vezes até cansativa recheada de flashbacks, o que não significa que é ruim, mas não é o que estamos acostumados a ver em “Breaking Bad”. Ação mesmo só mais para o fim do filme, e mesmo assim não é tanto. Além disso, essas lembranças de Jesse são constantes e longas, o que ocupa pelo menos a metade do tempo de duração do longa. É claro que nesses flashbacks temos um "Fan Service" de boa qualidade, trazendo personagens clássicos da série original.

O filme tem muitas qualidades como a excelente direção de Vince Gilligan que repete o excelente trabalho que fez em “Breaking Bad”. Com ângulos de câmeras muito bem feitos e abusando dos cenários e os elementos que o compõe, Gilligan continua magistral.

E por fim temos a excelente atuação do elenco, especialmente de Aaron Paul que encarna um Jesse mais dramático do que vimos na maioria dos episódios da série. O jovem inconsequente e "desmiolado" cresceu com todo o sofrimento que passou e em “El Camino” está até inteligente e mais esperto, diferente daquele antigo. O ator faz um trabalho incrível no longa.

“El Camino” ainda nos traz um final bem satisfatório, mas com algumas pontas ainda soltas que deixam até margem pra continuação. Mas sinceramente, mesmo sendo muito fã de “Breaking Bad”, espero que isso não aconteça.

Nota 7

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.







 

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