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04/10/2019 às 08h08min - Atualizada em 04/10/2019 às 08h08min

Uberlândia Clube etc

CELSO MACHADO

Minhas atividades proporcionam contatos com pessoas que muitas vezes me abordam sobre temas que, de uma forma ou outra tenho alguma ligação. O encerramento das atividades do jornal “Correio de Uberlândia”, onde redigi uma coluna semanal por 20 anos é um deles. Até hoje, mesmo tendo se passado mais de 3 anos, é um acontecimento difícil de ser digerido pelo papel que tinha em nossa cidade.

Dois outros que volta e meia ouço lamentações é sobre o atual estado do Caça e Pesca Itororó e Uberlândia Clube. As manifestações mais comuns são sobre o absurdo deles chegarem a situação em que se encontram. O primeiro com uma área imensa, valiosa e numa localização privilegiada e o segundo pela sua história e riqueza arquitetônica. Porque dois ícones da cidade se encontram em situação tão crítica?

Entretanto se não são poucos que fazem esses comentários, nunca, e o termo aqui não é exagerado, é verdadeiro; nunca alguém veio me procurar oferecendo para ajudá-los a sair desse estágio. A crítica é frequente, a contribuição inexistente. Sobre o Caça e Pesca ainda que tenha tido alguns contatos com a atual diretoria composta por pessoas sérias e bem-intencionada e ter conhecido algumas propostas e alternativas pouco posso comentar.

Entretanto, sobre o Uberlândia Clube posso falar um pouquinho mais. Depois de anos de uma gestão complicada, nada transparente e participativa, conta agora com uma diretoria que está profundamente empenhada em equacionar os seus problemas e o colocar onde deve estar e permanecer.

Só que competência, seriedade e dedicação ajudam muito, mas superar os desafios de consertar anos de descaso, só é possível com a participação da sociedade. É hora das pessoas que gostam de verdade da cidade, que sabem dar valor a um dos maiores patrimônios arquitetônicos de Uberlândia serem solidárias e parceiras daqueles abnegados que estão empenhados em sanar os problemas do clube.

Dentre as iniciativas a assembleia dos acionistas recentemente realizada autorizou a emissão de novas ações. O apelo maior não está no que os sócios vão passar a desfrutar, mas em preservar o que encanta a todos que o visitam. Claro que com sua recuperação, as atividades sociais serão retomadas. Há também a intenção formalizada pelo Praia Clube de promover dois eventos festivos por mês, remunerando o Uberlândia Clube por sua utilização e liberando acesso dos sócios a esses eventos.

Resumindo: não é hora de ficar criticando a gestão passada, nem apontando erros de quem esteve no comando nesse período. Até porque isso só aconteceu por omissão dos próprios acionistas que não tomaram as providencias no devido tempo. Se nossa gente quer de verdade a recuperação do Uberlândia Clube é hora de consertar o presente e cuidar do futuro.

Só conversa e palpite, sem efetiva contribuição, não é ajuda, simplesmente demagogia! É o que penso.

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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