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12/09/2019 às 08h17min - Atualizada em 12/09/2019 às 08h17min

O UEC e o “triangulino” iludido!

TIAGO BESSA

Há boatos recentes de que o novo técnico do UEC, para a temporada de 2020, seja o jovem Felipe Surian. Trata-se de um ex-zagueiro de carreira curta como jogador, que aos 27 anos passou a ser auxiliar técnico no Tupi de Juiz de Fora, assumindo o comando técnico deste clube em 2012, ainda aos 31 anos de idade. Passou por outros nove clubes desde então, sendo que seu melhor trabalho foi à frente do Volta Redonda Futebol Clube, do estado do Rio de Janeiro. Neste clube foi campeão da Taça Rio e do Campeonato Brasileiro da Série D (este de forma invicta). Pediu demissão do Voltaço com 19 jogos de invencibilidade ou, se você preferir, 8 meses sem perder uma partida.

É um bom retrospecto para um treinador jovem, não? Mas, calma lá! O Volta Redonda tem mais recursos financeiros do que o UEC, vira e mexe dá trabalho no Campeonato Carioca e tem um calendário um pouco mais movimentado do que o do Verdão. Ademais, o Surian nunca mais teve uma campanha de destaque em outro campeonato, desde 2016. Passou, inclusive, pelo próprio UEC em 2018 comandando o time na Série D do Brasileirão, sendo eliminado na terceira fase pelo Caxias (RS).

A questão é: o Felipe Surian é o nome ideal para comandar o Verdão no Módulo I do Mineiro, com a missão de manter o clube nesta divisão e classifica-lo para a Série D novamente? Vemos outros clubes do interior mineiro se esforçando mais para trazerem nomes de mais peso tanto para o comando técnico quanto para o elenco, enquanto o UEC permanece nesta corda bamba de “cai-sobe-cai” de novo. Como sempre fiz, vou acompanhar o time no estádio, mas sinceramente tenho minhas dúvidas sobre o sucesso com o Surian.

Parece que resta ao torcedor esmeraldino torcer para que o Triângulo Mineiro consiga sua separação do estado de Minas Gerais. Novamente veio à tona este sonho do triangulino médio, depois de uma reunião de “lideranças” (segundo eles próprios) que tornaram a reivindicar a formação de um estado triangulino. Um dos participantes argumentou afirmando que “quase todo triangulino torce para times de São Paulo e do Rio de Janeiro”. Mas que belo argumento para um assunto tão sério, não? Outro (“embarque nesse trem”, lembra?) disse que “assim fica mais fácil para que mais escolas, hospitais e creches sejam construídos para o povo das cidades da região”.

Mas sabemos a quem realmente interessa a formação de um novo estado, com o repasse imediato de verbas provenientes da União. Mesa farta para meia dúzia de empresários e especuladores oportunistas do Triângulo! Enquanto isso, o torcedor médio do UEC está preocupado mesmo é com a possibilidade de o clube conseguir um título estadual... se os times de Patos de Minas deixarem!

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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