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11/09/2019 às 08h40min - Atualizada em 11/09/2019 às 08h40min

'Turma da Mônica: Laços'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação

Com o advento dos filmes que são baseados nas histórias em quadrinhos, especialmente quando falamos dos universos da DC Comics e Marvel, as duas maiores criadoras de super-heróis do planeta, a ideia de levar às telonas uma história com os personagens de gibis mais conhecidos do Brasil foi simplesmente fantástica.

Baseado no romance gráfico homônimo que traz uma releitura dos personagens criados por Maurício de Sousa, o filme “Turma da Mônica – Laços” mostra os garotos do bairro do Limoeiro em uma aventura para encontrar o Floquinho, cachorro de estimação do Cebolinha, que foi raptado.

Pela premissa já é possível perceber que criar situações para desenvolver um longa inteiro tendo como base apenas esta história já seria algo bem complicado. E ao contrário de “Stand By Me” (“Conta Comigo”) de 1986, que tem um roteiro semelhante, o live-action da turma da Mônica não funciona bem nesse quesito.

A trama é extremamente legal apenas no início da projeção quando somos apresentados aos personagens o que causa uma expectativa enorme que infelizmente traz uma frustração depois. O filme de apenas uma hora e meia acaba ficando arrastado e cansativo, justamente por não termos "aventuras" suficientes no meio do caminho dos quatro garotos na busca pelo cachorro, o que deixa a narrativa cansativa.

A química entre o elenco também não funciona muito bem. Dá para perceber que são bons atores, mas parece não estarem prontos pra serem a "Turma da Mônica". O filme ainda nos traz um vilão extremamente fraco, que não consegue sequer fazer caras e bocas dignas de um personagem malvado.

Mesmo assim vale a pena assistir o filme que tem outras boas qualidades. A direção de Daniel Rezende (“Bingo, o Rei das Manhãs”) é muito boa. Ele consegue nos trazer ótimos enquadramentos que muitas vezes nos transportam para a projeção e claro, comparando sempre com os quadrinhos. E isso funciona muito bem. A fotografia também é belíssima. O mesmo pode se dizer da cenografia carregada de cores vivas, como se estivéssemos lendo os gibis.

Vamos torcer para que a continuação seja melhor que este primeiro já que a iniciativa de termos um filme sobre a Turma da Mônica foi brilhante, porém com resultados não tão satisfatórios.
 
Nota 6

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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