O Godzilla sempre foi um dos personagens japoneses mais famosos com sua primeira aparição no filme "Gojira" (1954). Depois o monstro voltou às telas da TV na década de 70 em diversas séries e virou até desenho animado. De lá para cá alguns filmes sobre o réptil anfíbio pré-histórico foram feitos, entre eles um que fez bastante sucesso em 2014.
Cinco anos depois, esta sequência chegou aos cinemas com um ótimo trailer e uma boa campanha de marketing. Mas era bom demais para ser verdade. A grandiosidade que assistimos no trailer só se confirmou no longa no quesito efeitos especiais. Nesse ponto o filme enche os olhos do público nos mostrando diversos monstros enormes em batalhas que destroem grandes cidades nos quatro cantos do planeta.
Os efeitos sonoros também agradam e surpreendem ainda mais se o filme for visto em salas de cinema com boa qualidade de som.
Mas tirando essas duas características, o resto é simplesmente decepcionante. O roteiro de “Godzilla 2” é muito fraco e ao mesmo tempo bastante confuso. Na minha opinião a "viagem na maionese" é do tamanho dos monstros que colocaram para brigar no longa.
Membros da agência Monarch enfrentam monstros gigantescos, incluindo o poderoso Godzilla, que entra em choque com Mothra, Rodan e seu maior inimigo, King Ghidorah, o monstro de três cabeças. Essas antigas super espécies disputam a supremacia, deixando a própria existência da humanidade em risco.
Essa é a premissa de um filme meio sem pé nem cabeça, se bem que cabeças é o que não faltam no mostro Ghidorah. Se ele tivesse escrito o roteiro, quem sabe seria melhor do que vimos.
Além de tudo isso, o elenco formado por atores renomados também não consegue salvar o filme. As atuações são fracas e nem um pouco convincentes. O que é de se esperar quando uma direção não funciona. Diante de tantos monstros que soltam raios e fogo por bocas, asas e rabos, só faltou a Millie Bobby Brown encarnar a Onze e destruir todos aqueles seres. Por um momento pensei que isso iria acontecer.
Nota 3
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