“Brightburn” (“Filho das Trevas”) é uma versão bem diferente da história que conhecemos do Superman, quando ele ainda era adolescente. É que nesta versão produzida por James Gunn (“Guardiões da Galáxia”), ao invés de se tornar o herói que vai salvar a humanidade, o homem de aço usa seus poderes para destruir a raça humana.
A ideia deste longa é simplesmente fantástica. Para quem já viu tantas versões com diferentes atores interpretando Clark Kent, agora ver uma que faz com que este personagem seja o oposto daquilo que estamos acostumados é fascinante.
Pena que o desenvolvimento dessa ideia não é bem feito como poderia ser. Acredito que perderam a chance de fazer um longa extremamente fascinante cujo protagonista é um anti-herói. A narrativa até nos prende a atenção do início ao fim, mas poderiam ter usado elementos mais convincentes para servirem de motivos na transformação maligna do garoto. No caso, o menino fica "revoltado" por receber um "não" do pai, ser vítima de bullying na escola e de não ter um amor adolescente não correspondido.
Ao contrário da trama de “Superman”, aqui não foi contada a origem e os objetivos do personagem. De onde veio, por que veio, por que quer "tomar o mundo" e de quem são as vozes que ele ouve da nave?
Os efeitos especiais não são excelentes por ser um longa com baixo orçamento, mas funcionam bem. É bem semelhante ao que víamos em “Smallville – As Aventuras do Superboy”. Não eram lá essas coisas, mas agradavam.
Por fim temos ótimas atuações, especialmente de Elizabeth Banks que faz uma mãe protetora e ao mesmo tempo extremamente preocupada e com medo do que o filho está se tornando. E Jackson A. Dunn, o "superboy do mal”, também interpreta muito bem o personagem.
Brightburn é cheio de defeitinhos que para os mais exigentes podem estragar a experiência. Mas para nós, do Cinema&Vídeo, foi bom assistir um longa como este que pelos créditos finais tem tudo para ter sequências até melhores. Vamos torcer!
Nota 7
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