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12/07/2019 às 08h24min - Atualizada em 12/07/2019 às 08h24min

Aprendendo pela dor

CELSO MACHADO

A sempre notável sabedoria popular não cansa de nos ensinar que se não quisermos aprender pelo amor fatalmente vamos ter que aprender de outra maneira, pela dor.

Este comentário não pretende entrar no campo atual da política que tantas celeumas tem provocado, inclusive no quesito de punições. O que pretendo abordar é sobre esta questão, lamentavelmente tão corriqueira para nós brasileiros de não obedecermos a regras.

Vou me ater ao trânsito, cujas políticas e legislação estão entre as mais desrespeitadas.

Quer ver: fique atento quando está no sinaleiro aguardando o mesmo abrir se não é corriqueiro motorista furar o mesmo, seja de moto ou de carro.

Repare também se as pessoas não estão fazendo uso de celular ao volante. Isso é tão comum que tem gente que responde a um cumprimento com sorriso porque a mão está sempre ocupada com o telefone o que impede um aceno mais expansivo.

Essa conduta já se tornou recorrente e comum que nem atentamos mais para esse comportamento irresponsável e perigoso. Minha implicância atual não é mais com isso, mas a tal faixa de pedestre. Porque em nosso país é tão desrespeitada?

Veja o caso de Uberlândia: na maioria das vezes se você estiver dirigindo e brecar, capaz de provocar acidentes com os veículos que vem atrás. Isso em quase todas as avenidas. Principalmente na Rondon Pacheco é flagrante que ninguém as respeita. Agora o que não consigo entender é que em frente à entrada do Parque do Sabiá na avenida Anselmo Alves dos Santos os motoristas param. Elas funcionam. Engraçado essa questão de respeito ser pontual, não intrínseca.

Nos países europeus e nos demais das Américas que já visitei não tem vacilo e ai do motorista que ousar não aguardar um pedestre atravessar na faixa. Só que lá também acontece outra coisa, não tem ninguém atravessando rua fora da área demarcada para tal.

A regra vale para todos, não só os veículos que são obrigados as respeitar, os pedestres igualmente. Qual será a razão que nos leva a obedecer as regras de trânsito quando em viagens internacionais e aqui em nosso país e principalmente nossa cidade não. Será uma questão de falta de educação, ou de punição?

O argumento da falta de educação do povo é sempre usado para justificar esses desvios de comportamento. Inclusive citando cidades brasileiras, principalmente da região Sul, onde as faixas de pedestre são respeitadas como atributo de pessoas mais cultas.

Será? Não concordo. O cidadão que desrespeita as faixas de pedestre aqui, é o mesmo que, em outros países, cumpre direitinho as leis.

Talvez porque lá não tenha jeitinho que resolva, nem privilégio para quem quer que seja. Errou, pagou. Triste dizer isso, mas aqui em nossa cidade ou fazemos as faixas serem respeitadas, por exemplo com fiscalização eletrônica para que os motoristas que não praticam por amor, aprendam pela dor ou então, apaga-las. Convenhamos, o que é inadmissível.

*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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