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07/07/2019 às 15h00min - Atualizada em 07/07/2019 às 15h00min

Você pode curar sua vida

Foto: Divulgação

Nossa vida é sempre dividida por etapas e nessas etapas nem sempre a felicidade acompanha a correria do dia a dia. Trazendo para a realidade do cotidiano que estou vivendo hoje, percebo o quanto atropelamos a nossa essência para alcançarmos nossos objetivos e acabamos deixando de lado o cuidado com nós mesmos.

Olharmos isso como uma fase, não se cobrar e acolher a pessoa que você está sendo naquele momento faz com que o caos seja visto com bons olhos. Respeitar o nosso tempo é sempre um ato de amorosa coragem e essa coragem deve existir, pois o autocuidado é uma necessidade de todos nós, sem exceção.

“Autocuidado é a disponibilidade de olhar para si na relação consigo e com o mundo a partir da gentileza, focando na leveza”.

Para exemplificar melhor essa necessidade contarei sobre mim. Ontem, depois de vários dias de estresse e sem muito tempo para parar e escutar o meu corpo, passei a tarde deitada em uma cadeira de hospital, tomando medicamentos na veia. De tudo isso, algumas lições me foram ensinadas. Uma delas é que o companheirismo e a preocupação são o esteio de relacionamentos longos. Meu marido, mesmo não podendo entrar para estar o meu lado, permaneceu no hospital por várias horas, sem almoço e acompanhante. A outra coisa foi que no tempo em que estive deitada ali, fiquei pensando no quanto preciso ser mais gentil comigo mesma, e penso que essa gentileza começa em não querer mudar minha essência. Sou acelerada, centralizadora, detalhista, agitada, inquieta e querer mudar isso vai contra a minha personalidade.

Aceitar quem eu sou e gostar do que estou realizando como pessoa, profissional, mãe, esposa, amiga, é uma cura de vida. A gente acelera para aos poucos desacelerar. Estamos vivendo um tempo em que somos chamados a todo instante. Visitar a solidão é o que nos traz uma conexão mais profunda e delicada com nós mesmos, e o momento do hospital me trouxe a minha pessoa.

Para mim, uma boa maneira de experenciar esse momento comigo mesma é quando estou na cozinha, por isso divido aqui com vocês uma dessas minhas receitas que me levam a uma solidão desejada.  
 
Fideuá de camarões
 
INGREDIENTES
- 500 gr de macarrão nº1 tipo cabelo de anjo
- 2 dentes de alho
- 500 gr de camarão limpo (guarde as cabeças para o caldo)
- 1 tomate
- 1 col. de sopa de páprica
- 1 litro de caldo de camarões ou de vegetais
- Alguns lagostins ou camarões inteiros para decorar (opcional)
 
MODO DE PREPARO
O primeiro passo é preparar o macarrão. Você precisar quebrá-lo em pedaços de mais ou menos 2 dedos, uns 3, 4 cm. Parece difícil, mas é bem fácil de quebrá-los, e bem divertido depois que você começa.

Depois de todos quebrados, aqueça uma frigideira grande (a mesma que você vai usar para todo o prato) com umas duas colheres de azeite. Jogue os pedaços de macarrão dentro e toste-os em fogo médio, mexendo sempre (devagar pois eles saltam por tudo), até que estejam levemente dourados. Se quiser, pode fazer no forno também, assando por alguns minutos no forno pré-aquecido a 180°C.

Retire o macarrão e reserve. Pique o alho bem picado e o tomate em cubinhos, sem as sementes. Tempere o camarão com sal e pimenta do reino.

Na mesma frigideira que usou para o macarrão, aqueça uma colher de azeite e refogue o alho por um minutinho, adicione os camarões e refogue rapidamente até ele começar a mudar de cor. Não cozinhe muito pois eles terão bastante tempo para terminar o cozimento, essa etapa é só para selar. Adicione o tomate e a páprica e misture tudo.

Adicione o caldo de camarão, tempere um pouco com sal e pimenta do reino, misture bem e adicione o macarrão tostado. Cozinhe em fogo médio até que o macarrão esteja cozido e o caldo tiver sido absorvido. Caso o caldo seque antes do tempo, adicione um pouco mais de água.

Se for utilizar os camarões/lagostins para decorar, enquanto o macarrão termina de cozinhar, refogue eles em uma frigideira bem quente com azeite e uma pitada de sal. Sirva o fideuá na própria frigideira com os camarões/lagostins por cima.


*O conteúdo desta coluna é de responsabilidade do autor e não representa, necessariamente, a opinião do Diário de Uberlândia.

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