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03/10/2018 às 08h24min - Atualizada em 03/10/2018 às 08h24min

'A primeira noite de um crime'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação
Quando um novo partido político, o New Founding Fathers of America, ascende, é anunciado um novo experimento social. São 12 horas sem lei, em que o governo incentiva as pessoas a perderem toda e qualquer inibição. A participação não é obrigatória, mas como estímulo, US$ 5 mil dólares é dado para quem fica na cidade, e mais prêmios para quem participa.

A sinopse que você acabou de ler acima pode até parecer ridícula, mas funcionou muito bem no primeiro filme da franquia lançado em 2013. Naquele caso, o desenvolvimento do roteiro, a boa direção e as interpretações ajudaram bastante para termos um filme bem diferente e aterrorizante. Depois vieram as continuações. E confesso que dos quatro filmes só assisti o primeiro, do qual gostei muito, e o último, que considero fraco.

É que apesar da premissa ser basicamente a mesma, o desenvolvimento dela em "A primeira noite de crime" foi catastrófico. De cara somos apresentados a um assassino denominado Skeletor (sim, este é o nome do homicida) que é extremamente caricato e exagerado e que vai se tornar uma espécie de vilão no filme. Sem contar que ele tem umas verrugas em série no rosto e pra piorar usa umas garras de injeções pra matar no melhor estilo brega do Wolverine.
Mas não para por aí. O roteiro nos traz uma reviravolta. Mas infelizmente para pior. Nas primeiras horas de expurgo nada acontece no filme. Aquela ansiedade do público de ver como será essa "liberação da raiva" vira uma verdadeira frustração. Ao invés disso, o povo vai fazer festas. O próprio filme critica isso!

Como ninguém expurga, o jeito é colocar o dedinho do governo no meio e enviar mercenários para fazer a matança. Quando isso acontece, os bandidos do tráfico organizado viram os heróis do filme. E desse momento em diante temos uma espécie de Rambo enfrentado todos os mercenários em cenas de batalha que dão vontade rir com os efeitos ruins.

E nem as interpretações salvam. Atores bem fraquinhos que não conseguem ganhar o carisma do público. Coitada da Marisa Tomei de entrar num elenco desses. As pequenas participações dela como tia May em “Homem-Aranha” são bem melhores.
 
Nota 4
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