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26/09/2018 às 08h13min - Atualizada em 26/09/2018 às 08h13min

'Next Gen'

KELSON VENÂNCIO
Foto: Divulgação
“Next Gen” é animação da Netflix que conta a história de Mai, uma menina que tem sua vida mudada da noite para o dia quando um robô soldado forja uma improvável amizade com ela, a envolvendo em uma grande aventura. Juntos eles ensinam uma lição aos bullies, lutam contra robôs do mal e enfrentam um louco com planos de dominar o mundo através da tecnologia.

O filme tem um enredo até interessante, especialmente na primeira parte da projeção que nos mostra o quanto o ser humano se tornou dependente da tecnologia num futuro próximo, o que em minha opinião tem tudo a ver com o que já vivemos hoje. A diferença é que ainda não temos robôs em casa que fazem tudo que a gente manda. Mas temos os computadores e smartphones com aplicativos que nos deixam horas e horas viciados no mundo tecnológico.

Essa premissa é uma ótima reflexão, especialmente para as crianças que assistem o longa, que mesmo com pouca idade não querem saber mais das boas e velhas brincadeiras que não dependem da tecnologia. E é justamente isso que “Next Gen” aborda em sua primeira hora. O filme nos mostra uma adolescente que vai na contramão de tudo e de todos pois está extremamente revoltada com praticamente todas as pessoas que a cercam e que não dão mais valor à convivência social. E ela se torna uma revolucionária no combate a esse modismo e dependência robótica no caso. Mas a narrativa nos mostra que essa revolta não vai durar muito tempo já que até mesmo Mai acaba se rendendo a essa tecnologia quando conhece um robô moderno e mais inteligente que se torna seu amigo.

Infelizmente a trama nos leva para um desfecho meio clichê, típico de animações em que o vilão quer conquistar o mundo, sem muitos propósitos convincentes, deixando de lado a temática que eu havia elogiado no início. Mesmo assim, “Next Gen”, apesar de se parecer com outros filmes como “Blade Runner”, “O Gigante de Ferro” e “Big Hero 6”, nos entrega algo original que é a busca incansável do robô Project 77 pela humanidade o que é um grande atrativo. Ele precisa decidir se prefere acumular memórias dos melhores (e piores) momentos que viveu com Mai ou se ele apaga tudo para conseguir recarregar suas potentes armas para tentar salvar a garota e a humanidade do domínio das máquinas.

A animação é muito bem feita e consegue nos encher os olhos com uma fotografia futurística. Além disso, tem uma ótima trilha sonora, é cheia de aventura e não se torna cansativa apesar de ser uma das animações mais longas que já assisti. E para a Netflix que em breve terá a Disney como uma concorrente de peso no serviço de streaming, nada melhor que investir nessa área e acertar nos trazendo um bom filme.

Nota 7
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