Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90
06/03/2018 às 16h18min - Atualizada em 06/03/2018 às 16h18min

O operacional no planejamento estratégico

ANTONIO CARLOS DE OLIVEIRA | COLUNISTA

Dando continuidade à nossa conversa sobre a vitalidade do planejamento estratégico e suas respectivas etapas, hoje discutiremos a última – mas não menos importante – fase da elaboração de um planejamento estratégico: o plano operacional. De aplicação simultânea ao plano tático, o plano operacional consiste, grosso modo, em tirar do papel o planejamento e inseri-lo no plano real.

Na estratégia, a operacionalização de processos e medidas se dá por meio do estabelecimento da instrumentalização de processos: o que, como, quando, com quem, em que frequência e por que fazer, constituindo uma espécie de “lead” dos processos internos da empresa. Esta etapa, portanto, não é nada mais nada menos do que um “checklist”, como uma lista de itens que enumeramos antes de sairmos às compras. “É uma atividade que está presente no dia a dia de qualquer ser humano, embora não de forma estruturada, como se faz necessário quando está em jogo o futuro de uma organização” (BARROS NETO, 2002, p. 87).

Embora a essência do plano operacional resida na simplicidade, é importante salientar que os procedimentos para sua feitura são cruciais para o sucesso da estratégia. Inicialmente, é preciso que se desenhe uma análise de objetivos, pois a partir de sua definição, será possível o estabelecimento de um cronograma que permita uma melhor visualização do desenvolvimento das medidas e etapas do plano. Outro procedimento essencial para a operacionalização é o planeamento dos recursos, que nada mais é do que o estudo dos recursos humanos e financeiros necessários para a execução do plano. Feitos os levantamentos necessários, realiza-se então uma avaliação de riscos com o intuito de mensurar possíveis falhas e equívocos e identificar soluções adiantadas.

Vale lembrar que o planejamento operacional consiste em planos focados em prazos curtos, com períodos que variam de três a seis meses. Tratam-se de medidas menores, mas bem mais detalhadas do que as de etapas anteriores, especificando pessoas e setores envolvidos, suas respectivas responsabilidades, atividades e funções, detalhando a divisão de tarefas para além de equipamentos e recursos financeiros. Como resultado das ações propostas pela operacionalização, é comum obtermos planos de ações e cronogramas das atividades que precisam ser desenvolvidas dentro do período que compõe o plano. Uma ferramenta que pode ser muito útil nesta etapa é o 5W2H, que auxilia a empresa a montar planos de ações sem deixar de fora detalhes importantes.

Pensando estrategicamente, é possível percebermos o papel de destaque que o plano operacional adquire dentro de uma estratégia. Se o planejamento estratégico é a arte da guerra no plano empresarial, o empresário ou líder se encontra no mesmo papel do comandante ou general, devendo traçar metas que diferenciem sua corporação de outras, garantindo qualidade e prestígio e mantendo sempre uma responsabilidade ética com a corporação, os empregados e, principalmente, a clientela.

A falta de líderes e empresários que não exercitam o planejamento estratégico em sua totalidade – considerando desde o pensamento estratégico até a operacionalização da estratégia em si – é uma das principais causas da ruína de corporações e iniciativas do país, sejam eles negócios embrionários ou mesmo corporações já consolidadas que atravessam períodos de crise ou grandes mudanças. Depois de nossas ricas conversas sobre a estratégia e suas respectivas etapas, é o seu momento de decidir se o seu negócio está fadado ao sucesso ou ao fracasso.
Leia Também »
Comentários »
Diário de Uberlândia | jornal impresso e online Publicidade 1140x90