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25/01/2018 às 18h55min - Atualizada em 25/01/2018 às 18h55min

Lula e falta de renovação política

MICHELE BRETAS* | LEITORA DO DIÁRIO
 
Presenciamos um episódio histórico da política e da justiça brasileira: o ex-presidente Lula sendo julgado por crimes relacionados a esquemas de corrupção. Isto prova que ninguém está acima da lei e que vivemos novos tempos no Brasil, em que qualquer um, independente do poder, pode ser responsabilizado pelos seus atos. Os julgamentos de grandes nomes do cenário político são importantes para mostrar à população que a "era da impunidade" pode estar realmente chegando ao fim.

Mas, nesse processo, o que mais chama a atenção é a falta de novas lideranças em nosso país. Quase 30 anos após sua primeira candidatura à presidência em 1989, Lula segue sendo o principal - senão o único - nome do PT para disputar as eleições em 2018. Retrato da falta de renovação política nacional. E isso não acontece só no partido petista. Em diversas outras siglas, de direita e de esquerda, os “velhos caciques” ainda dominam o cenário. Reflexo da ausência de democracia interna e da limitação que impõem às novas lideranças que acabam abafadas pelos mandantes e seus interesses próprios. Deixando ao país o presente - de Lula, Collor, Sarney e tantos outros - como uma volta ao passado.

Nós brasileiros estamos cansados de corrupção, de falsas promessas e do velho “toma lá da cá” de Brasília. Mas parece difícil achar novos nomes com novas ideias para o país. O que vemos são as mesmas caras, com os mesmos discursos e atitudes. O Brasil precisa urgente de renovação! E essa renovação não é apenas para acabar com a corrupção, mas também para construir um futuro melhor. Precisamos de mais diálogo, transparência e novas ideias para gerir as administrações públicas e representar a população.

Falta ao nosso povo tomar conta da política de verdade. É preciso conhecer melhor os representantes e não se deixar levar pelos discursos populistas. Tanto na hora do voto quanto durante os mandatos, é importante pesquisar, cobrar e acompanhar. Eleger e exigir boas práticas e novas ações para, assim, expulsar os corruptos do meio. Hoje, a distância que estamos dessa efetiva mudança é a mesma que você, leitor (a), está da política.

Quando resolvi me candidatar pela primeira vez à vereadora em 2012, o fiz por escolher acreditar e trabalhar por mais transparência e seriedade. E venho, dia após dia, lutando por uma cidade melhor e por uma nova política. Um sentimento que é compartilhado por muitas pessoas de bem, que acreditam na mudança e em um país melhor de verdade. Uma construção que não será feita pelos mesmos que estão no poder há 30 anos, e sim por uma nova geração de pessoas, ideias e propostas. O que tem mais a ver com caráter do que com a idade.

Acredito que estamos no caminho certo para passar o país a limpo. Mas ainda precisamos mudar muitas coisas. Ficar preso ao passado se reflete no presente que vivemos. Os brasileiros merecem mais. E é com participação e novas lideranças que podemos alcançar o que desejamos para o Brasil! O futuro é nosso.

(*) Empresária e vereadora
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