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22/01/2018 às 20h33min - Atualizada em 22/01/2018 às 20h33min

Cerimônia oficial marca transferência de Miranda

Após leilão, empresa francesa Engie opera usina desde o começo deste ano

VINÍCIUS LEMOS | REPÓRTER
Usina de Miranda foi arrematada junto a Jaguara por R$ 3,5 bilhões / Foto: Beto Oliveira
 
Uma cerimônia na Usina Hidrelétrica de Miranda, na manhã desta terça (23), vai marcar simbolicamente a transferência do controle da unidade para a empresa francesa Engie, que arrematou Miranda e a usina da Jaguara em leilão em setembro de 2017 pelo valor de R$ 3,5 bilhões. A transferência entre a empresa e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está formalizada desde 10 de novembro, quando a assinatura foi feita em Brasília. Até o final do ano passado, as usinas estavam sob concessão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).

Esta será a primeira agenda do presidente da Engie, Eduardo Sattamini, na usina desde a compra. A concessão é de 30 anos para operação de ambas usinas e, segundo informações repassadas ao Diário de Uberlândia via assessoria de comunicação, a empresa fez o pagamento à vista ao Governo Federal ainda em novembro. A diretoria pretende recuperar o valor de arremate e demais investimentos no mesmo período.

O interesse pelas usinas de Miranda e Jaguara foi em busca de ampliação da capacidade instalada da empresa, que hoje gerencia 11 hidrelétricas em nove Estados, somando uma capacidade instalada de quase 6,4 mil megawatts (MW). O grupo ainda é sócio com uma participação de 40% na Usina Jirau (RO).

As usinas mineiras, recentemente adquiridas, ainda chamaram a atenção por serem bem avaliadas, segundo diretoria da Engie, que ainda investe em energias em eólica, solar e biomassa. As hidrelétricas representam 85% de seu parque gerador.

Miranda tem capacidade instalada de 408 MW e ainda que existam planos de melhora de sua produção, eles não foram detalhados. Em respostas aos questionamentos do Diário, a nova concessionária informou que “havendo despacho do Operador Nacional do Sistema e água no reservatório, a nossa parte é garantir que os equipamentos funcionem perfeitamente. Para isso, temos um plano de modernização que será colocado em implantação nos próximos anos. Nesta oportunidade serão feitos novos estudos para analisar a viabilidade de aumento da eficiência e/ou potência das Unidades Geradoras existentes”.

EMPREGO

Não foi informado também o tamanho do quadro de trabalhadores da Usina de Miranda e se os empregados, anteriormente contratados pela Cemig, serão mantidos. A Engie informou que o pessoal continua sendo empregado da empresa energética estadual, a qual vai remanejá-los de acordo com suas necessidades.

A nova concessionária explicou que busca atrair funcionários a seu quadro de colaboradores, o que ainda está em andamento. Para completar o número de funcionários, haverá seleção externa na região de abrangência das duas usinas.
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