Daniela Brisson (Georgiana Goes), Lair Rennó, índio Obirajara Dominique (Marcelo Adnet) e Fátima Bernardes / Foto: Rafael Costa/Globo Estreia nesta terça-feira (23), na Globo, a quinta temporada do humorístico “Tá no Ar: a TV na TV”. A atração retorna com o repertório de piadas renovado e com o reforço do comediante Eduardo Sterblitch, ex-”Pânico”. Além disso, haverá mais de 40 participações especiais e brincadeiras sobre Copa do Mundo, eleições e o que mais render risadas. “A gente se alimenta de tudo o que vê. Tudo o que é produzido na TV a gente olha. Tem programas muito loucos! Mas é um desafio enorme concorrer com a realidade hoje em dia. O ‘Tá no Ar’ tem a ver com o Brasil, e a gente quer pegar esse conteúdo [fatos do dia a dia] para tentar dar ao programa um sentido, torná-lo um espelho da realidade”, fala Marcelo Adnet, que atua na atração e é um dos redatores.
De acordo com ele, o humor do programa, sobretudo em ano de eleição, não será contido. “Hoje em dia, ficar em cima do muro dá mais exposição e acaba sendo mais complicado do que cair para um dos lados. Estar em cima do muro tem um quê de irresponsabilidade. Tomamos cuidado sempre. Não estamos comprando briga, mas acreditamos nos nossos pontos de vista, que são bem razoáveis”, afirma.
Companheiro de Adnet em cena e na elaboração das piadas do programa, Marcius Melhem conta um pouco mais do que poderá ser visto todas as terças-feiras, nos próximos 12 episódios. “A temporada tem novos quadros, personagens e convidados. Tudo para dar frescor, sem abandonar os personagens já queridos do público. Quando falo sobre o programa não ser agressivo é porque ele é contundente”, diz. Ele completa: “Estamos atentos à questão da intolerância religiosa, comportamental e sexual. Procuramos jogar luz em todo tipo de intolerância, mas com humor”.
Na estreia de logo mais, duas participações especiais já vão aparecer: Fátima Bernardes receberá no “Encontro” o índio Obirajara Dominique (Adnet), que demonstra gostos e hábitos bastante diferenciados.
O ator Mateus Solano também aparece em uma paródia da série “Família Soprano” - que vira “Família Solano”. “Temos textos maravilhosos e, ainda assim, chegamos para gravar e coisas inesperadas acontecem”, diverte-se Adnet.
Engana-se quem acha que somente as cabeças pensantes do programa “Tá no Ar: a TV na TV” são as responsáveis por elaborar as piadas e brincadeiras que aparecem na atração. De acordo com Adnet e Melhem, dois dos responsáveis pelo texto da atração, o público costuma fazer parte desse processo.
“Os fãs usam as redes sociais para sugerir ideias. E, claro, estamos atentos. O aparecimento do Amaury Jr. na temporada passada veio como sugestão do Twitter. TV ainda é uma paixão nacional. As pessoas opinam”, diz Melhem.
Na ocasião, Amaury Jr., hoje prestes a estrear uma atração na Band, fez uma ponta em um esquete no qual ele entrevistava o personagem ricaço Tony Karlakian (Adnet).
“A redação é composta de 13 roteiristas incríveis. Juntos, fazemos tudo e criamos esse programa. Nossa cabeça fica ligada 24 horas por dia. Nosso material é a vida. E se a vida não desliga, a gente também não. A repercussão vem crescendo a cada temporada”, completa Melhem.
Segundo Adnet, qualquer coisa pode ser piada. “Tudo aquilo que consumimos no cotidiano, no noticiário, nas ruas e nas redes sociais pode virar um quadro do programa. Estamos sempre atentos à sociedade brasileira e à televisão. A partir daí, as ideias são compartilhadas e aperfeiçoadas”, explica o humorista.
Outro meio de renovar o cardápio de brincadeiras é dar outras funções a personagens marcantes que já fazem parte do programa. “A gente procura fazer com que eles tenham alguma trajetória ou evolução, e que não sejam imutáveis. Neste ano, por exemplo, o Jorge Bevilacqua [Welder Rodrigues] faz comercial de produtos e vira jurado do ‘The Voice Kids’”, diverte-se Melhem.
NOVIDADE O ator Eduardo Sterblitch é a principal novidade da nova temporada de “Tá no Ar”. Contratado da TV Globo desde o fim de 2016, este será o primeiro programa no qual o comediante poderá, de fato, fazer esquetes de humor desde a sua saída do “Pânico na Band” (Band), em abril de 2016.
“Eu já era fã do programa. Sempre assisti. Sou amigo e um profundo admirador dos artistas de lá. O que mudou é que agora está tudo mais feliz”, afirma.
De acordo com ele, atuar no “Ta no Ar” era um sonho antigo. “Eu só trabalho por amor. Todo o mundo tem o sonho de fazer coisas boas. Eu já tinha me imaginado aqui [na atração], mas achava que fosse impossível, porque já havia uma equipe fechada”, revela.
